segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

1.O QUE É POLÍTICA?

1. 1. O QUE É POLÍTICA?

Conjunto das relações de poder vividas nas sociedades. O poder é a matéria prima da política.

Poder: pode ser definido como co-extensivo com o corpo social.

Michel Foucoult: nova noção de poder, não coercivo. Não é força mas relação.
Como Átila, dos Unos, desbravava o conhecimento em vários campos do saber.
Jean Menoud: “política como gestão dos negócios da comunidade”

A política é o exercício do poder. É o conhecimento.

Aristóteles (macedônia) todos nós somos seres políticos ZOON POLITIKON
Lênin: “A política termina quando começa a trapaça”

2. 2. O QUE É PODER?

“É uma rede infinitamente complexa de micropoderes, de relações de poder que permeias todos os aspectos da vida. O poder não só reprime, mas também cria. O poder cria a verdade e portanto a sua legitimação”

Análise de Patrícia O’Brien pg. 47 (A nova História Cultural)

Participar do processo político é o exercício da cidadania.
A legislação trabalhista brasileira foi obtida através de greves, sindicatos ...
A lei é PRODUTO POLÍTICO.

Ágora – praça central da pólis. Decisões na praça.
Cidadãos (exceto mulher, escravo, comerciante...)
A política está atrás do direito. É feito politicamente.

RES PÚBLICA da coisa pública da república

Nicolau Maquiavel 1513 Florença “O príncipe” Os Médicis (mescenas). Política despida das implicações morais

GRÉCIA SÉC. V aC
Apogeu da Pólis = cidade
Origem indo-européia
Exuberância política.
Filosofia / sofistas / democracia ateniense de Péricles
POLÍTICA E ÉTICA ESTÃO LIGADAS.
VIRTUDE: como capacidade de participar na vida pública

3. 3. QUAL O SENTIDO DA POLÍTICA? É a liberdade. É agir coletivamente/ no espaço público. Hannah Arendt: filologia / judia / alemã
Hoje os conceitos são individualistas.
“O maior pecado do historiador é o anacronismo”

28/07/00A GRÉCIA ANTIGA E SUAS INSTITUIÇÕES
1. 1. A Grécia antiga e suas instituições2. A origem da “política”em Atenas
3. Os filósofos e a Política (definições)
A origem da Politéia (=política) grega remonta aos tempos de início da história grega. Atenas foi um verdadeiro laboratório político, com múltiplas experiências : realeza, oligarquia (=governo de poucos), tirania e democracia.
Houve uma época dos legisladores em que o direito grego foi codificado (de oral para escrito em códigos) (Dracón e Sólon).
Passou a ocorrer um aperfeiçoamento da política ateniense, porém o conflito social era intenso (STASIS).
Com Clístenes teve início a democracia grega ateniense.
. redivisão de Atenas
. neutralização dos eupátridas (ricos donos de terras)
. reorganização do corpo cívico
. dilatação/ampliação da eclesia (assembléia popular)
O APOGEU DA DEMOCRACIA ATENIENSE
Foi com Péricles, governante de destaque na política grega, que a democracia atingiu seu apogeu. Uma importante medida adotada pelo governante doi a instituição da MISTOFORIA que significa um estímulo econômico aos cidadãos atenienses para que participassem do debate político.
Atenas se tornou a grande potência do mundo antigo do séc. V a.C. (guerras médicas –persia x atenas-, guerra do Peloponeso – esparta x atenas) Atenas tinha uma LIGA DE DELOS (aliança com outras cidades Estados/ outras Polis)
AS INSTITUIÇÕES DA DEMOCRACIA GREGA
Aerópago – funções religiosas e jurídicas
Arcontado – magistrados que eram eleitos por aerópago
Boulé – responsável pelo controle das leis (Sólon)
Eclésia – assembléia popular (debatia e deliberava) Aprovava ou não as medidas da Boulé
Heliéia – tribunal dos cicadãos

Sugere o romance O MUNDO DE SOPHIA onde tem um capítulo sobre os sofistas
Itaipu, 03/08/00 Elaborar uma breve dissertação sobre o que é a política, analisando a frase: “O sentido da política é a liberdade”Hannah Arendt

04/08/00 O PENSAMENTO POLITICO DE PLATÃO (428-347 a.C.) SOFISTAS - ágora - séc. V a.C.

PROTÁGORAS “O homem é a medida de todas as coisas”
SÓCRATES Questiona a logomarquia (discurso sem consistência; palavreado inútil) VERDADE discipulos Platão e Xenofontes
O pensamento político platônico está sobretudo nas obras “A república” e “As leis”. Escrevendo através de alegorias, Sócrates é seu principal interlocutor. Platão construiu uma teoria política em plena época das luzes”da Grécia. Sua teoria tem como cerne/âmago/ núcleo a idéia de que o governo de uma sociedade deve se plantar na SOFOCRACIA (“poder da sabedoria”) de origens aristocráticas, o seu posicionamento teórico valoriza a reflexão filosófica. “SÓ GOVERNA QUEM TEM ESTUDO”RB
Cita a “Alegoria das Cavernas” ; doxa = opinião episteme= ciência

A UTOPIA PLATÔNICA OU-TOPOS = AUSÊNCIA DE LUGAR; LUGAR QUE NÃO EXISTE

No livro 7o. de A República, Platão ilustra o seu pensamento com o famoso MITO DAS CAVERNAS, tão carregado de simbologias; de um lado da margem há uma interpretação epistemológica, de outro lado há um sentido político. Para Platão haveria uma cidade utópica Callipolis (=Cidade bela). Etmologicamente (=origem da palavra) utopia sifnifica “em nenhum lugar”.
A sociedade idealizada por Platão era totalmente hierarquizada, Platão não concordava com a família (no seu sentido grego de ser) e queria eliminar a propriedade privada. Nasta cidade haveria aqueles com alma de “bronze”que seriam os agricultores, artesãos e comerciantes. Os de “prata”guerreiros, soldados responsáveis pela defesa da cidade, e finalmente a alma de “ouro”que seriam os mais notáveis, instruídos e que alcançavam o conhecimento mais puro.
Para Platão a política é a arte de governar os homens com o seu consentimento; aquele que conhce essa dificil arte, só poderá ser chefe quem conhece a ciência política.


09/08/00FORMAS DE GOVERNO SEGUNDO PLATÃO

ARISTOCRACIA (ideal de Platão) governo dos Sábios que pode se corromper em TIMOCRACIA (forma guerreira de governo) ou também a aristocracia se degenera em OLIGARQUIA, quando prevalesce o gosto pelas riquezas.
No livro VIII de A república, Platão explica como as formas degeneradas de poder fazem surgir a DEMOCRACIA; os ideais Platônicos por definição, não correspondem ao ideal da democracia, pois o povo é incapaz de possuir a ciência política. É fácil prevalescer a DEMAGOGIA (‘que conduz o povo) , característica do político que manipula e engana o povo. Por fim a democracia levaria fatalmente a TIRANIA (governo de um homem só pela força).

Comentário: Italiano Antonia Gramsci “intelectual orgânico”; legitima; defendo o interesse de um grupo
“Sheakspeare legitima o rei, apoiava por ser nobre” RB “bandeira hasteada, baixa” o correto de hasteada é presa no alto

Conclusão da professora: Platão não realizou; a teoria política grega é normativa/prescritiva.
Comentário: Aristóteles é macedônio ( de Alexandre) Conferir: buscava o ideal de virtude/ idealizava o político

Deverá cobrar em prova: PARALELO POLÍTICO ENTRE O PENSAMENTO POLÍTICO DE PLATÃO E DE ARISTÓTELES


TRABALHO PARA 23/08/2000 TRAZER O RESUMO E DISCUTIR EM GRUPO: Capítulo 7 O que é política?

- - SARTORI, Giovanni A POLÏTICA: lógica e método nas ciências sociais. Brasília: E. da Universidade de Brasília. 2a. ed, 1997
Páginas 157 a 174.



O PENSAMENTO POLÍTICO ARISTOTÉLICO

Aristóteles, discípulo de Platão (384 –322 a.C.) logo se tornou crítico de seu mestre e elaborou uma filosofia original. Enquanto Platão privilegia a matemática (Ciência ABSTRATA por excelência), Aristóteles, filho de médicos é influenciado pela biologia, daí o seu gosto pela observação e classificação. Sua obra geral se constitui de 171 títulos de classificação de animais a metafísica e até interpretação dos sonhos.

A POLÍTICA: ele critica o autoritarismo de Platão considerando sua UTOPIA impraticável. Recusa a sofocracia platônica que atribui poder ilimitado a apenas uma parte do corpo social ( os sábios ). Não aceita a dissoluçãso da família (no sentido grego) e nem a idéia de justiça platônica.

A CIDADE FELIZ: A reflexão aristotélica sobre a política não se separa da ética, poi a vida individual está “imbicada”/envolvida na vida comunitária. Aristóteles conclui que a finalidade da ação moral é a felicidade do indivíduo, também a política tem por fim organizar a cidade feliz (possível, hierarquizada). Aristóteles se afasta da noção fria de justiça platônica. Para ele é importante a PITILIA que significa a concordência entre as pessoas que tem idéias semelhantes e interesses comuns. Daí a importância da educação na formação ética dos indivíduos, preparando-os para a vida em comunidade.

11/08/00AS FORMAS DE GOVERNO EM ARISTOTELES

A justiça está intimamente ligada ao Império da Lei (“está acima de tudo até dos sábios”), pelo qual se faz prevalescer a razão sobre as paixões cegas. . A lei é para Aristóteles o princípio que rege a ação dos cidadãos, e a expressão política da ordem natural.
Aristóteles valoriza o direito consuetudinário (=dos costumes) e a educação presentes no espírito de constituição.
De forma geral, Aristóteles concorda que o bom governante deve ter a virtude da prudência prática (PHRONESIS), pela qual será capaz de agir para o bem comum.

FORMAS PURAS (BOAS)
FORMAS IMPURAS (MÁS)
Monarquia
Tirania
Aristocracia
Oligarquia
Politéia
Democracia

DUAS FORMAS DE CRITÉRIO: O QUANTITATIVO E O AXIOLÓGICO (=VALORATIVO) Para que? De que?

As formas desnaturadas de poder são aquelas que não visam o bem comum. Aristóteles retoma o critério usado na ética, o de que a VIRTUDE sempre está no meio termo (mediana). Para ele é a classe média, que deveria criar uma política estável.

MONOCRACIA: é um termo abrangente caracterizado por significar o sistema de governo de uma só pessoa. Assume duas variantes: a monarquia absoluta e a ditadura. Ambas apresentam como traço unificador o fato de o governante não dispensar muita atenção aos órgãos estatais, cujas vontades deverão sempre ceder se conflitarem com a sua.
(curso de ciência política. Celso Ribeiro Bastos, p.III)

Conclusão:

A teoria política grega está voltada para a busca dos parâmetros do bom governo. Platão e Aristóteles envolvem-se nas questões políticas de seu tempo e criticam os maus governos. Se por uma lado Platão tentou efetivamente implantar um governo justo na Sicilia, por outro esboçou a idealizada CALLIPOLIS como podelo a ser alcançado. Aristóteles mesmo recusando a UTOPIA de seu mestre, aspira também uma cidade justa e feliz.
Os filóosofos elaboraram uma teoria política de natureza descritiva da análise política de fato e de natureza normativa e prescritiva, porque pretende indicar quais são as boas formas de governo. A ligação entre ética e política é evidente, já que o bom governo depende da VIRTUDE do bom governante.
Outra característica típica das teorias políticas antigas é a concepção cíclica da história, segundo a qual os governantes se alternam, passando de uma forma para outra, representando o curso fatal dos acontecimentos. Assim, por exemplo, a monarquia degenera em tirania, acontecendo a reação aristocrática que, decaindo em oligarquia gera a democracia e assim por diante.

Ooooooooooooo
VIRTUDE: Disposição resoluta para a prática do bem; excelência moral; ação virtuosa; estilo austero de vida...
AXIOLOGIA: Estudo ou teoria dos valores (filosofia)


Tarefa para 23/08/00 RELATÓRIO E DEBATE EM SALA DO TEXTO CAP 7 DO SARTORI.


16/8/00A POLÍTICA EM ROMA
A ORGIEM DE ROMA: Surgiu de uma lenda antiga na qual Rômulo e Remo foram abandonados no Rio Tibre e uma loba os amamentou. Segundo uma tradição, Remo teria sido morto pelo irmão Rômulo, assim nasceu Roma.
A base da história romana foi: Roma surgiu na Planície do Lácio e o povo teve base civilizacional etrusca.
O Estado Romano nasceu com domínio etrusco. Só então Roma adquiriu a Unidade Política.
FASES POLÍTICAS: Realeza – República – Império Irá concentrar o estudo na República.
A REPÚBLICA ROMANA: tem 3 instituições: Senado – Assembléia Popular – Magistrados (executores)
O SENADO: os senadores eram escolhidos pelo rei e eram vitalícios senatus = senis/anciãos
MAGISTRATURAS: “poder executivo”
Magistraturas ordinárias:
q q Cônsules – verdadeiros chefes de Estado, símbolo de autoridade com jurisdição ampla (Presidiam o Senado e o “comício”)
q q Pretores – imbubia não só a jurisdição, mas a administração geral da província
q q Édis – foram criados em número de 2 e eram aux. dos “tribunos da plebe” (instituição/”fiscais”)
q q Questores – possui atribuições judiciais no início (da realeza), posteriormente passaram a Ter atribuições da fazenda / financeiras/tesoureiras
Magistraturas extra-ordinárias: ( de emergência) o tirano/ o oditador ; mestre da cavalaria
OS TRIBUNOS DA PLEBE: Defensores dos plebeus. A instituição dos tribunos remonta aos primórdios da República. Eles eram chefes da plebe escolhido somente entre os plebeus pela Assembléia e eram eles que convocabam os concílios da plebe.
AS REIVINDICAÇÕES DOS PLEBEUS:
q q SOCIAIS: os tribunos (foi um representante conquistado por eles)
q q JURÍDICAS: foi a codificação em lei escrita (Lei das XII Tábuas)
q q RELIGIOSAS: sacerdotes
q q POLÍTICAS: igualdade jurídica em relação ao matrimônio (até com o patrício)
PENSADORES POLÍTICOS EM ROMA:
q q Lucrécio: “De rerum natural”
q q Salústico: “De bello jugutino”
q q Cícero: “Da república”
q q Tácito: “Annales”
q q Sêneca: “De clementia” Participou do Governo de Nero.
Pesquisa: Estoicismo: Fundador da escola “estóica” foi Zenão, do lugar onde ele costumava ensinar: pórtico em grego – estoá.
Questiono sobre a “matemática como abstrata” e a resposta foi “por causa dos números”.
Sugerido: Giordani, Mario Curtis: História de Roma. Antiguidade Clássica II Petrópolis Ed Vozes, 1985. Cap. 5
Reali, Miguel. Horizontes do direito.

18/08/00A IDADE MÉDIA (“IDADE DAS TREVAS”) Leitura do Ano Mil

Lembrar dos monges/ símbolos/ criação –encarnação/ evangelhos/apocalipse/ anticristo/julgar vivos e mortos/ (lembrei filme O Nome da Rosa/Coração Valente)
Boudelaire: ‘O homem vivia numa floresta de símbolos”; viviam numa floresta de sagrados.

q q A Alta Idade Média V d.C. a XI d.C. Período de turbulência dos bárbaros(que não conheciam o latim)/ migrações gerânicas
Povos: Ostrogodos;Visigodos; Francos; Burgindos; Alanos; Vândalos.

q q A Baixa Idade Média XI d.C. a XIV/XV d.C. Feudalismo onde o PODER é terra, não Existe Estado nem Soberania.
(+desenvolvimento político- S Thomás Aquino) (Surgem as faculdades, bancos, feiras, novas idéias políticas, idéia da Cristandade- Santo Ofício da Inquisição)

A POLÍTICA MEDIEVAL DE XV d.C.

Perfil do Homem medievo:
- - Peregrino “homo viator”/ homem viador
- - Sonhador (onírico entre o símbolo e o material;da volta do Cirsto)
- - Penitente (idéia de purificação)
- - Mentalidade simbólica
Sociedade feudal em 3 ordens:
- - Oratores – religiosos
- - Bellatores – guerreiros
- - Laboratores – camponeses – força de trabalho

É impossível entender a história medieval sem antes entendermos a sua mentalidade. O cristianismo latino amadureceu no período no medieval, época de uma sociedade guerreira e mísitca.
Politicamente, foi um período de pulverização do poder, em que não havia um centro. Sendo que a estrutura mais coesa era a Igreja Católica Romana.
A preponderância do poder clerical norteou o pensamento político medievo.
Os teólogos foram aqueles que formularam as idéias políticas deste período, sendo que uma nova idéia com dimensões políticas apareceu: a idéia de aliança. Segundo Santo Agostinho haveria duas cidades: A CIDADE TERRENA E A CIDADE SAGRADA (A cidade de Deus)
Nesta Cristandade não se pode esquecer a existência. Dos hereges. (HEREGES: do latim, aquele que escolhe)

“O herético é o homem que a igreja mais detesta porque se encontra, simultaneamente, dentro e fora e ameaça os alicerces ideológicos, institucionais e sociais da religião dominante: a fé, o monopólio religioso, e a autoridade da Igreja.”
(GOFF,J.L. : O homem medieval p.18)

Foi como teólogo/bispo (Santo Agostinho) que surgiu o Agostinismo político , ou seja, que a Igreja é mais importante que a sociedade secular pois era salva a alma dos homens. Foi um período de conflito entre os poderes eclesiásticos, e os poders laicos.

23/08/00Debate do texto e entrega do segundo trabalho.
25/08/00O PENSAMENTO POLÍTICO MEDIEVAL
SANTO AGOSTINHO (354-430 d.C.) – Corrente filosófica: Patrística
SÃO TOMÁS DE AQUINO ( 1225 –1274 d.C.) - Corrente filosófica: Escolástica

SANTO AGOSTINHO
1.1 No ano de 529 d.C. foi fundada a Ordem dos Beneditinos. Santo Agostinho viveu justamente num período de transição da Antiguidade para a Idade Média.
Nascido no norte da África foi para Cártago estudar. Antes do cristianismo teve contato com inúmeras tendências filosóficas e religiosas, até que se tornou cristão. Filosoficamente, S. Agostinho “cristanizou” Platão.
Depois de sua conversão ao cristianismo se tornou Bispo da Cidade de Hipona.
1.2 O PENSAMENTO POLÍTICO
Na sua obra “A cidade de Deus”, Santo Agostinho expõe o seu pensamento político. Para ele, deveria existir 2 tipos de cidades: A cidade de Deus no plano do sagrado (dimensão celeste), e a cidade da Terra que refere a sua história natural, a moral, as necessidades materiais e tudo o que é perecível e temporal.
Para Santo Agostinho, a relação entre as duas dimensões é de ligação e não de oposição, mas a recuperação de seu pensamento a revelia do autor desemboca na doutrina chamada AGOSTINISMO POLÍTICO que marca toda a Idade Média, que significa o
confronto entre o poder do Estado e a Igreja. Considerando a superioridade do poder espiritual sobre o temporal.
A luta das duas espadas foi formulada teoricamente por S. Berdardo de Claraval no século IV e representa o acirramento do confronto entre os dois poderes, o espiritual e o temporal. Se cabe aos reis cuidar dos corpos é a igreja a salvação da alma, essa ultima tarefa é superior e não se deve poupar aqueles que praticam delitos contra a moral cristã, atribuindo-se o direito de punição aos opressores. Quando se trata de reis pode caber até a deposição, que era possível na medida em que o Papa poderia excomungar um rei, desobrigar os fiéis do dever de fidelidade.
PARA CASA: ler “O Príncipe” . Sugeri juri simulado como técnica de apresentação.
31/08/00O PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO

1. 1. NICOLAU MAQUIAVEL (1469 –1527) Nasceu em Florença e er um homem de poucas posses. Sua família pertencia a pequena nobreza, e seu pai, um advogado estudioso ds humanidades.
Maquiavel era homem de costumes simples e conversava com todo tipo de gente. Desde o povo da caverna até papas e potentados observando a natureza humana e as relações de poder. Além dos relatórios diplomáticos, escreveu poemas, peças de dramatização e obras políticas. Sua grande paixão era a política. E foi ele quem elaborou uma nova concepção de poder. Tinha um cargo público na chancelaria de Florença e fazia viagens diplomáticas. Em uma dessas viagens con heceu o condottiere César Borgia.
2. 2. O PENSAMENTO MAQUIAVELIANO Maquiavel torna a política autônoma porque privilegia a reflexão laica, não religiosa, e também porque se recusa a abordar a questão do poder a partir da ética cristã.
É autônoma porque busca linguagem e métodos próprios desvinculados da fé e da moral convencional. A política tem uma moral imanente (interna) mundan que vive do relacionamento entre os homens.
3. 3. O PERFIL DO PRÍNCIPE O príncipe de maquiavel reunia duas expressões italianas: VIRTU e FORTUNA.
A VIRTU seria a força no sentido grego : valor, virilidade. Homens de VIRTU são homens especiais, capazes de realizar grandes feitos e mudanças na história. A FORTUNA seria aproveitar as ocasiões, agir de forma adequada no momento certo. Césqr Borgia é o modelo do príncipe de virtu. (A professora considera um mito chamá-lo de diabólico pela frase “os fins justificam os meios”)

Sugestão bibliográfica: Aranha, M L A A lógica da força ed moderna Mazarin, C Breviário dos políticos SP ed 34 1997 Nobert Elias, Sociogênese do E moderrno
01.09.00
4. 4. 1513 O ANO DA VIRADA Neste ano Maquiavel escreveu simultaneamente “O príncipe”e os “Comentários sobre a 1a. década de Tito Livio” sendo obras de diferente teor, embora abordando assuntos comuns. Só que nos comentários, Maquiavel privilegia o ideal Republicano. Há divergências a respeito da verdadeira posição política de Maquiavel . No “Príncipe” Maquiavel defendeu com firmeza a necessidade de formação de um exército nacional para impedir o domínio extrangeiro sobre a península Itálica. Maquiavel promoveu a autonomia da política.
OS TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO

q q JEAN BODIN (1529-1596 França) A República criou doutrina de soberania
q q HUGO GROTIUS (1583-1645) Pai do direito Intenacional Do direito da paz e da guerra
q q THOMAS HOBBES (1588-1679) Leviatã “Os homens são mergulhados no caos e o rei os controla” Explica racionalmente/secular
q q JACQUES BOSSUET (1627-1704) Política tirada das próprias palavras da sagrada escritura Poder absoluto do rei vinha de Deus e não pode ser contastado. Desenvolveu a teoria do direito divino utilizado por LUIZ XIV na França. Não é sucular é sagrado.

O ABSOLUTISMO NA INGLTERRA

Se no final do século XV com a dinastia TUDOR, foi com Henrique VII que se fortaleceu o poder da Monarquia, não mais sujeito ao poder papal.
A efetiva retomada do fortalecimento do poder real foi conseguida por Elizabeth I (1558-1603), que sucedeu Maria Tudor. Foi o apogeu da monarquia Inglesa.

O ABSOLUTISMO NA FRANÇA

A formação do Estado Nacional ocorreu desde o final da guerra dos 100 anos.pela dinastia (família de reis) de VALOIS.
O absolutismo Francês atingiu seu apogeu (seu ponto culminante) com Luiz XIV no século XVII, época da política dos cardeais: Richelieu e Mazarin.
As guerras religiosas ensanquentaram a França moderna: A noite de São Bartolomeu, 1572 (massacre dos Huguenotes)
Henrique VIII

Catarina de Aragão (mãe da rainha Margô) Ana Bolena
06/09/00A SOBERANIA

1. História

Soberania é uma autoridade que não pode ser limitada por outro poder.
Miguel Reale: “É uma espécie de fenômeno genérico do poder. Uma forma histórica de poder” ( Sahid Maluf).
Obs.: É um termo muito controvertido, com várias idéias.
Jean Bodin: A teoria da soberania absoluta do rei começou a ser sistematizada na França no século XVI, teve como principal teórico Jean Bodin, que sustentava o seguinte: - Soberania do Rei é originária, ilimitada, absoluta, e irresponsável em face de qualquer outro poder temporal ou espiritual.

2. 2. Teorias
a) a) Doutrinas Teocráticas – São as doutrinas que legitimavam o poder real a partir do direito divino, sobrenatural.
b) b) Doutrinas Racionais – São as doutrinas racionalistas que se agrupam com todas aquelas que focalizam o Estado como produção da razão humana
c) c) Teorias contratualistas:
1 Thomas Hobbes (1588 – 1679) – Filósofo inglês, teórico do poder absoluto dos reis e sistematizador do contratualismo Para justificar o poder real, Hobbes parte da descrição do Estado de Natureza. O homem não é naturalmente sociável. No estado da natureza, o homem era inimigo feroz dos seus semelhantes, cada um devia se defender contra violência dos outros “Homo Homini Lupus” , o homem é o lobo do próprio homem. Por todos os lados havia guerra mútua, a luta de cada um contra todos “bellum omnium contra omnes”. A partir de um contrato com o soberano os homens (mergulhados no caos) transferem para ele o direito de govêrno. A sociedade civil é um produto do pacto voluntário com o soberano.
Itaipu, 29/9/00A RUÍNA DO ANTIGO REGIME – CONTRATUALISMO –ASCENÇÃO DO LIBERALISMO

Nos séculos XVII e XVIII, período áureo do Estado Absolutista, novas teorias políticas começaram a surgir, criticando o antigo Regime.
Intelectuais anunciavam o mundo contemporâneo com suas novas instituições, novos valores e novo Estado.
O movimento que arquitetou as idéias que derrubavam o antigo regime é denominado ILUMINISMO e teve em René Descartes e Isaac Newton, seus precursores (antecedentes). Foram eles que lançaram as bases do racionalismo e no mecanicismo (é a concepção que o mundo é um grande relógio, uma grande máquina)
A capacidade racional do homem e a necessidade de superação dos entraves nacionais incentivaram a oposição. Começaaava a queda do antigo Regime.

Bibliografia sugerida:
- - Locke, Jonh. Dois tratados dobre o governo SP: Martins Fontes, 1998.
- - Bobbion, N. Thomas Hobbes RJ: Campus, 1991
- - Gruppi, Luciano. Tudo começou com Maquiavel . Porto Alegre: LDM, 1996

04/10/00

O liberalismo político foi a expressão de um objetivo eminentemente burgês.
John Locke é o patrono das idéias liberais, defendendo a liberdade e a propriedade como direitos naturais.
Ele observa que o homem no estado natural está plenamente livre, mas sente a necessidade de colocar limites a sua própria liberdade. (a fim de garantir a sua propriedade)
Locke afirma que os homens se juntam em sociedades pol;iticas com a finaidade de preservarem as suas propriedades. É necessário construir um Estado que garanta o exercício e a segurança da propriedade.

COMENTÁRIOS DA PROFESSORA:
O antigo regime era o absolutismo monarquico.
No século XVII começa a decair como movimento que questiona o regime e o abala.
Descartes e Newton (filósofo e físico) desenvolvem idéias naturais, leis físicas do Universo , “des-sacramentam”.
Locke e Hobbes foram contemporâneos, porém com filosofias díspares.
Locke é o pai da ideologia do liberalismo (político – Locke, Montesquieu, Rousseau- e econômico - David Ricardo e Adam Smith)
O que é liberalismo político? Como surgiu a paravra?
Começa a aparecer de forma mais intensa em 1750, em alguns jornais europeus. Tem antecedentes filosóficos Newton...
Visão mecanicista que substituiu a teológica.
Ciência: leis naturais
O desdobramento do liberalismo foi o CONTRATUALISMO E O JURISNATURALISMO.
No final do séc. XVII na Europa estava acontecendo a ascenção de um grupo social: OS BURGUESES.

6/10/00
Obs.: Locke é burgues liberal e vivia em sociedade contemporâneo a Hobbes. O ponto comum é o CONTRATUALISMO.
Ius = direito
Naturalismo = natural
Século XVIII – iluminismo
Com iluministas como Hobbes e Locke, nasce os diereitos naturais e invioláveis.
A ideologia liberal está presente nos nossos dias: globalização, copitalismo, consumo.
Discurso deísta: a terrea começ ou de uma causa maior.


O LIBERALISMO POLÍTICO (Foi invenção do século XVII)
JOHN LOCKE

CONTRATUALISMO
Foi o cartesianismo (de René Descartes) que influenciou as teses do contratualismo no século XVI. A fonte da filosofia contratualista é Lucrécio, com “De Natura rerum”em 95-52 a.C.
O contratualismo teve manifestações em várias direções: primeiramente através das teorias que legitimavam e justificavam o absolutismo, em outra fase se desenvolveu com bases liberais. Esta teoria remonta as especulações filosóficas dos romanos e dos sofistas; na idade média se desenvolveu através da escola espanhola . O contratualismo se identificou com o JUSNATURALISMO = a partir de HUGO GROTIS. Com KANT (alemão) o CONTRATUALISMO ganhou sólida base.

JUSNATURALISMO
É a teoria do direito natural dos indivíduos.
Direito natural: é aquele que é imutável, absoluto, independente no tempo e no espaço. Decorrente da própria natureza humana.
Quem desenvolveu o direito natural?
- - Rousseau
- - Hobbes
- - Locke (Todos nascem com direito a vida e a liberdade)
- - Puffendorf
- - Thomazius
- - Wolf
- - Blackstone
Todas as correntes tem PRODUÇÃO HISTÓRICA E CONTEXTUAL.
ASPECTOS DEFINIDORES DO LIBERAISMO:

- - Jusnaturalismo
- - Contratualismo
- - A divisão dos poderes ( a idéia da tripartição dos poderes – Locke e Montesquieu)
- - Se o indivíduo é a face espiritual, a propriedade é sua expressão material. Segundo os liberais do século XVIII, quanto mais propriedade maior seria a felicidade geral.
- - Materialismo ou deísmo
- - Indivisualismo burguês
- - Meritocracia (é o discurso da competência...pode fazer o que faz...)

DEÍSMO:
Nessa corrente Deus é o princípio ou causa do mundo infuso ou difuso na natureza... Arquiteto do Universo...era o eterno geômetra de Aristóteles, um relógio de precisão.
É a visão mecanicista que foi alimentada na época

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:

- - Schilling, Voltaire. As correntes do pensamento da grécia ao neoliberalismo
- - Locke, J. Dois tratados sobre o governo, SP: M Fontes, 1998.

LIBERALISMO s.m. Doutrina dos partidários da livre-empresa, que se opõe ao socialismo e ao dirigismo; mais particularmente, teoria segundo a qual o Estado não deve intervir nas relações econômicas que existem entre indivíduos, classes ou nações. / Largueza de vista.
CONTRATUALISMO s.m. Doutrina da filosofia do Direito, segundo a qual se estabeleceu o Estado por um contrato entre os cidadãos ou entre estes e o soberano.
MONTESQUIEU (Charles DE SECONDAT, barão DE LA BRÊDE e DE), escritor francês (castelo de La Brède, perto de Bordéus, 1689 - Paris, 1755), autor de Cartas persas (1721), Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência (1734) e do Espírito das leis (1748). Esta última obra inspirou os redatores da Constituição de 1791 e tornou-se a fonte das doutrinas constitucionais liberais, que repousam na separação dos poderes legislativo, executivo e judiciário. (Acad. Fr.)
DEÍSMO s.m. Sistema dos que crêem em Deus mas rejeitam toda revelação.
MATERIALISMO s.m. Posição filosófica que considera a matéria como a única realidade e que nega a existência da alma, de outra vida e de Deus. / Maneira de viver daqueles que pensam apenas nos prazeres físicos. — O materialismo antigo é representado principalmente por Demócrito, Epícuro e Lucrécio; o materialismo mecanicista, por Gassendi, Diderot, Helvécio, D'Holbach, La Mettrie, D'Alembert; o materialismo dialético, por Marx, Engels, Lenin, Stalin. (V. MARXISMO.)
ROUSSEAU (Jean-Jacques), escritor suíço de língua francesa (Genebra, 1712 - Ermenonville, 1778). Entregue a si mesmo durante sua infância sem mãe, abandonado pelo pai, educou-se ao sabor das circunstâncias. Inventou um sistema de notação musical e fez-se conhecer como compositor da ópera As musas galantes. Tornou-se famoso de repente, quando a Academia de Dijon premiou seu Discurso sobre as ciências e as artes (1750). Espírito sistemático e caráter apaixonado, Rousseau elaborou uma doutrina da qual tirou todas as conseqüências: o homem é naturalmente bom, mas sua bondade foi corrompida pela sociedade; é preciso, sempre que possível, voltar à virtude primitiva. Resultou daí, no escritor, um vivo sentimento da natureza e um amor à solidão que se acentuou quando Rousseau, envelhecido, se julgava perseguido por todos. No meio de disputas e acusações, ele escreveu suas obras-primas: Júlia ou a nova Heloísa (1761), Do contrato social, Emílio (1762). Nas Confissões e em Devaneios de um passeador solitário, publicadas somente depois de sua morte, tentou justificar-se. Rousseau renovou idéias na política e na educação, propôs novos temas em literatura, preparou as grandes mudanças políticas da Revolução Francesa e o advento do romantismo.
HOBBES (Thomas), filósofo inglês (Wesport, Malmesbury, 1588 – Hardwich Hall, 1679), autor do Leviathan (1651).
LOCKE (John), filósofo inglês (Wrington, Somerset, 1632 – Oates, 1704). Autor de Um ensaio sobre o entendimento humano (1690). Rejeitou as idéias inatas: a fonte de nossos conhecimentos seria a experiência, isto é, a sensação ajudada pela reflexão. PUFENDORF (Samuel, barão VON), jurista e historiador alemão (Chemnitz, Saxônia, 1632 - Berlim, 1694), autor de Do Direito natural e das pessoas.
11/10/00 A TRIPARTIÇÃO DOS PODERES: OS ANTECEDENTES E O BARÃO DE MONTESQUIEU

A teoria da separação dos poderes remonta as influência Aristotélicas, passando por Idade Média com alguns pensadores, tais como: Marcílio de Pádua, entretando no periodo moderno, principalmente no século XVII, os antecedentes mais próximos desta visão tricotômica do poder são JONH LOCKE E O BARÃO DE MONTESQUIEU.
O que era a teoria da separação do poder? Era o enfoque político, Não JURÍDICO.
Montesquieu queria dizer que os poderes são independentes, autônomos mas harmonizados em suas funções.
A tripartição dos poderes foi sistematizada na obra de montesquieu, chamada “O espírito das leis”. Ele era o teórico político que definiu melhor o funcionamento dos 3 poderes. Tendo como base a constituição inglesa, foi ela que se preocupou com a HARMONIA DOS PODERES.
Em sua obra temos: Teoria dos Governos, Liberdade Politica, Climas, Espírito Geral ou caráter de cada nação.
Na Idade Média da Inglaterra Medieval foi criada a primeira CARTA MAGNA do rei João Sem Terra., dando começo as idéias constitucionais.
O que é estado liberal? É um Estado com base na constituição para impedir que o poder fique concentrado e garanta os direitos individuais.

COMENTÁRIOS DA PROFESSORA:
A história dos 3 poderes já tinha sido esboçada por Aristóteles. Passou por pensadores na Idade Média até chegar a Locke e Montesquieu.
Está ligada ao liberalismo político. Porque separar os poderes?
Antes, o poder estava na mão d monarquia. Dividir para impedir a concentração do poder.
A Europa do século XVIII, Revolução Francesa, Iluminismo, Revolução industrial = revoluções da era do liberalismo.
A França de 1791: a monarquia constitucional tem uma lei que regula e limita o poder do rei.
Jonh locke participou ativamente. Era ideólogo do liberalismo e pai do direito Natural. Filósofo e organizador dos filósofos para o empirismo ( impressões sensoriais, dos sentidos) Século XVIII, empirismo e racionalismo. No iluminismo surgiu do movimento burguês e o nobre barão prticipou. É um liberalismo aristocrático. É uma teoria inglesa, britânica.
No Brasil, como funciona os 3 poderes? Hegemônico é o executivo. O poder que predomina é o judiciário, que não tem instância controladora. (Vai estudar como funciona os 3 poderes no Brasil)
O espírito e o clima eram a base para entender as influências do povo.
ILUMINISMO s.m. Doutrina de certos místicos do séc. XVIII que se baseava na crença de uma inspiração sobrenatural.
REVOLUÇÃO s.f. Ato ou efeito de revolucionar ou de revolver; sublevação, rebelião, revolta, insurreição: muitas foram as revoluções liberais do séc. XIX. / Mudança profunda ou completa, subversão: revolução nos costumes, nas artes e nas ciências. / Mudança radical na estrutura econômica, política e social de um Estado, obtida geralmente por meios violentos, e que acarreta total modificação das instituições, costumes e ideologias dominantes: revolução bolchevista; Revolução Francesa. / Fís. Movimento completo de uma figura de forma invariável em torno de um eixo ou um centro: a revolução de uma roda. / Fís. Movimento circular ou elíptico no qual um móvel volta à sua posição inicial. / Astron. Tempo gasto por um corpo celeste para descrever sua órbita; esse próprio movimento: a revolução de um planeta. // Geom. Superfície de revolução, a que é gerada pela rotação de uma curva qualquer que gira em volta de uma reta fixa de modo que cada um de seus pontos descreva um círculo num plano perpendicular ao eixo.
REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799), conjunto dos movimentos revolucionários que puseram fim, na França, ao Antigo Regime. Tiveram como prelúdio a reunião dos Estados Gerais em Versalhes (5 de maio de 1789) e a constituição da Assembléia Nacional pelos deputados do Terceiro Estado (17 de junho). Os governos que dirigiram a França durante os dez anos seguintes foram: a Assembléia Nacional Constituinte (9 de julho de 1789 - 1.º de novembro de 1791), que votou a Constituição de 1791; a Assembléia Legislativa (1.º de outubro de 1791 - 21 de setembro de 1792), que se esforçou por organizar uma monarquia constitucional, depois privou o rei de suas funções (1.º de agosto de 1792) e declarou guerra à Áustria; a Convenção Nacional (21 de setembro de 1792 - 26 de outubro de 1795), que proclamou a República; o Diretório (26 de outubro de 1795 - 9 de novembro de 1799), que evoluiu no sentido de uma república burguesa e teve de ceder o lugar a Bonaparte, primeiro-cônsul.
HOBSBAWM (Eric), historiador britânico (Alexandria, Egito, 1917). Autor de A era das revoluções (1962); A era do capital (1975); A era dos impérios (1987); As nações e o nacionalismo desde 1780 (1990) etc. Visitou o Brasil em 1995.
EMPIRISMO s.m. Método fundado unicamente na experiência. / Filos. Sistema que faz repousar só na experiência a fonte de nossos conhecimentos.
ANACRONISMO s.m. Falta contra a cronologia, erro nas datas dos acontecimentos. / Erro que consiste em atribuir os costumes de uma época a outra. / Coisa retrógrada: o duelo é um anacronismo.
CLIMA s.m. Conjunto dos fenômenos meteorológicos (temperatura, pressão atmosférica, ventos, precipitações) que caracterizam o estado médio da atmosfera e sua evolução num lugar dado. /
Fig. Atmosfera moral; meio; ambiente: o clima político do país.
FOUCAULT (Michel), filósofo francês (Poitiers, 1926 – Paris, 1984), autor de uma filosofia da história baseada na descontinuidade. Escreveu História da loucura na idade clássica (1961), Palavras e coisas (1966) etc.

Teoria dos freios e contrapesos
É uma teoria orignária da Inglaterra do século XVII, a época de Cromwell..
Em que consiste essa teoria? Consiste na colocação de empecílio e de limites ao funcionamento dos 3 poderes para que assim os direitos individuais sejam resguardados.
Montesquieu também esboçou algumas formas de governo.
AS FORMAS DE GOVERNO EM MONTESQUIEU:
“Há 3 espécies de governo: o republicano, o monarquico e o despótico; para descobrir-les a natureza, basta a idéia que deles possuem os homens menos instruidos. Supõe 3 definições ou antes 3 dfatos:
1. 1. Queo o governo republicano é aquele em que o povo, em conjunto, ou só uma parte do povo, tem o soberano poder.
2. 2. O monarquismo, aquele em que um só governa mas põe lei fixas e estabelecidas;
3. 3. Ao passo que no despótico, um só, sem lei e sem regra, tudo arrasta por sua vontade e caprichos.
- - eis o que chamo, a natureza de cada governo.” (JJChevallier, pg 125)

COMENTÁRIOS DA PROFESSORA:
No século XVI no apogeu da Inglaterra de Elizabeth, a Inglaterra teve depois várias revoluções encadeadas. E no âmago aconteceu a fase da república. (Única ba história com o puritanismo de Cromwell, partido religioso), onde se desenvolve a teoria dos feios e contrapesos. Freio de frear um ao outro. Harmonia e independência dos poderes
PESQUISA:
CROMWELL (Oliver), lorde protetor da Inglaterra, da Escócia e da Irlanda (Huntingdon, 1599 - Londres, 1658). Deputado ao Parlamento (1640), tornou-se chefe da oposição ao despotismo real. À frente dos revoltados, derrotou as tropas reais em Naseby (1645), e instituiu uma Corte de Justiça que condenou à morte o rei Carlos I (1649). Subjugou a Irlanda (1649), a Escócia (1651), ordenou a dissolução do Parlamento (1653), exerceu o poder como ditador com o título de lorde protetor e forçou a Holanda a reconhecer o Ato de Navegação e a supremacia inglesa. — RICHARD (1626-1712), filho do precedente, foi lorde protetor depois do pai; abdicou em 1659.
CONTRAPESO s.m. Peso que serve para equilibrar uma força: o contrapeso de um relógio de parede. / Porção que se acrescenta a uma mercadoria para completar o peso desejado pelo comprador: contrapeso da carne. / Maromba de funâmbulo. / Qualquer força que diminui o efeito de uma força contrária.


A ESSÊNCIA DA TEORIA DA SEPARAÇÃO DOS PODERES

O pensamento dos séculos XVII e XVIII inovou porque a partir das inferências Aristotélicas agregou um postulado inteiramente novo , qual seja, o de que a cada uma dessas funções deveria corresponder um órgão próprio, de forma autônoma e independente, a levaria a efeito. Daí o nome da separação ou divisão dos poderes.
Embora essa expressão seja um pouco exagerada porque o poder dentro do Estado é uno e indivisível, o certo é que se prestou bem a idéia que procurava transmitir de um órgão que era manifestação direta do povo.
A essência dessa doutrina consiste em estabelecer um mecanismo de equilíbrio e recíproco controle à presidir o relacionamento entre os 3 órgãos supremos do Estado, o poder legislativo, o poder executivo e o poder judiciário. Era uma transplantação pra o campo das instituições políticas de uma visão macanicista do Universo em que há um sutil equilíbrio imposto à evolução da trajetória dos astros. Cada um seguindo a sua rota sem se chocar. Mas ainda do que um mero equilíbrio, o que havia era a estranha convicção de que por esse artifício, se estaria estabelecendo controle recíproco dos poderes do Estado. Se cada um deles é autônomo e independente no desempenho de sua função automaticamente está posta uma barreira a atuação dos demais.
Pretendia-se que por ai estaria abolido o arbítrio e a prepotência, já que a manifestação última da vontade do Estado seria a resultante da conjugação da vontade dos seus 3 poderes. Individualmente há nunhuma seria dado ser atrabiliado.

O poder Legislativo não poderia perseguir ou beneficiar uma certa pessoa porque só lhe seria lícito praticar atos destinados a toda categoria ou classe de pessoas.

ATRABILIÁRIO adj. e s.m. De mau humor; violento, colérico. / Melancólico.

25/10/00

Jean Jaccques Rousseau

FOI durante o iluminismo, movimento caracterizado por uma profunda crença na razão humana e no seus poderes que surgem a pessoa de Rousseau. No início, Rousseau participava da vanguarda do iluminismo, porém, se desentendeu com os enciclopedistas (Diderot, e D”Alembert”) Era cristão, um verdadeiro progenitor da sensibilidade burguesa (o grande massacre dos gatos).
As idéias políticas estão espressas principalmente na obra O CONTRATO SOCIAL. O eixo central da contrusção filosófica de Rousseau, é a idéia de VONTADE GERAL.
Para ele, a idéia de soberania popular está no contrato social, é tão somente a soma das distintas frações de soberania que pertencem com o atributo a cada indivíduo, membro da comunidade, é a doutriona mais democrática de soberania.
O que é VONTADE GERAL?
Podemos definir como a união de todos os indivíduos em uma só pessoa/ nessa abdicação de vontade imposta pelas condiçoes diferentes da sociedade.
O genebres percebia , com acuidade,a contradição básica em que se achava com a “volunté generali”, suposta a expressão do bem comum, da vontade popular, do interesse popoular.

27/10/00

OS 3 PODERES, A POLÍTICA E O BRASIL
Ler as matérias de jornal e analisá-las
Buscar o funcionamento dos 3 poderes na realidade brasileira. (A vinculação partidária interfere) nos cartórios – P JUD, Gov e pref. EXECUTIVO e Assembléia temos o legislativo


COMENTÁRIO DA PROFESSORA:
Montesquieu “só o poder detëm o poder”Para não concentrar nas mãos de uma pessoa o poder. “

“O espírito das leis”
Iluminismo
Rousseau
Progenitor do romantismo em pleno século XVIII
“Contrato social”
Rousseau era um homem pobre, de várias mulheres, vida turbulenta,filósofo romantico, cuja teoria é vontade geral da soberania do povo. OUTSIDER clandestino

24/11/2000

01) 01) Estado
- - O Marxismo
- - A Representação

Para se estudar o Estado, temos que entender a sua trajetória histórica, como ele surgiu, seus aspectos, estruturas e órgãos.

O que é o Estado?
a) a) Direito: O Estado é um ordenamento jurídico.
b) b) Sociológico – O Estado moderno é um grupo político segundo Max Weber.

“Atualmente prevalece a sociologia política que tem por objeto, o Estado como forma complexa de organização social da qual o Direito é apenas um dos elementos constitutivos”
(BOBBIO, Norbeto. Estado, governo, sociedade: Para uma teoria geral da política, (p 57)

1.1 1.1 O Estado e a Representação. O Estado representativo é um tipo pautado no govêrno da lei, Estado, cujo os poderes são exercidos no âmbito das leis, pré-estabelecidas. Montesquieu definiu Estado Constitucional.
É uma característica marcante do século XVIII. O processo de racionalização do poder ... o govêrno constitucional é aquele cujo o fundamento legal e não de caráter pessoal.

“O govêrno das leis, não dos homens”Dalmo de Abreu Dallari
Estado de Direito: É o govêrno da lei , fundamento do Estado de Direito é a lei. “Rule of Law”: Regra da Lei

1.2 1.2 Pequeno vocabulário marxista

Karl Marx Socialistas Utópicos (R. Owen, Proudhon, Saint Simon.,...)
Filosofia (Hegel) – Adialética
Economistas clássicos (Adam Smith, David Ricardo)

O que é Estado para Karl Marx: “(....) o Estado como instrumento da burguesia para exploração do proletariado e afirmação de que , não tendo existido os primeiros da sociedade humana, o Estado poderá ser extinto ... uma que foi uma criação puramente artificial por satisfação dos interêsses de uma pequena minoria.
O Estado burguês deve ser esmagado

29/11/2000

Sistemas de Governo

1 – Parlamentarismo
2 2 – Presidencialismo

Breve Histórico

As origens do Parlamentarismo remontam ao século III , quando a Carta Constitucional foi promulgada em 1215. Foram lentas e graduais as conquistas do parlamento inglês . Na época dos Tudors, o parlamento tornou-se representante de toda a nação. A revolução gloriosa de 1688 confirmou a proeminência do parlamentarismo.
O documento chamado “Bill of Rights” também demonstra como o parlamentarismo Inglês...
1.2 Mecanismo
a) a) Organização Dualística do poder executiva ----> Chefe de Estado
----> Chefe de Governo

b) b) Colegialidade
c) c) Governo de Gabinete : Conselho de Ministros
d) d) Responsabilidade política perante ao parlamento
e) e) Interdependência dos Poderes

Atribuições do Chefe de Estado
a) a) As relações Internacionais
b) b) Interferência na composição do Ministério
c) c) Interferência na dissolução do paralamento
d) d) Responsabilidade criminal (e não política)

Podem ser demetidos “Ad nutum”


Presidencialismo é mais recente
Breve histórico: O paralamento já resultante de uma longa evolução ocorrida nas relações entre Monarquia e Parlamento (burguesia, senhores feudais), na Inglaterra . Já o presidencialismo surgiu em 1776 com a emacipação das 13 colônias; surgiu na Convenção de Filadélfia em 1787, modelo americano.


2.2. O mecanismo

a) Eletividade
b) Poder Executivo unipessoal.
c) c) A irresponsabilidade política. O presidente não necessita do apoio do congresso para manter-se no poder.
d) d) Participação na elaboração das leis,
e) e) Independência dos três poderes.
f) f) Supremacia da Constituição.

01/12/2000

O RENASCIMENTO COMO CONCEPÇÃO DO MUNDO

Fruto do século XIX, grandes indústrias, Soluções racionais para grandes problemas

Século XVIII – Iluminismo, Rev. Francesa, as primeiras sementes comunistas começam nesta época; é mais que Marx.

Babeuf = Líder dos iguais , trajetória e conspiração na França Revolucionária
1813 – A fenomenologia do Espírito (Hegel)


Visão harmoniosa do Social (Teoria do Movimento Marx ???)

Dom ??? Histórico = Processo Histórico




PRÁXIS Ciência
(Ação política efetiva) Filosofia

O que é materialismo Histórico ? É uma sociologia científica . É a raiz de uma sociedade, que é a forma como a produção social de ??? está organizada.
Forças produtivas – Condições naturais técnicas – organização e divisão do trabalho social “Portanto, as relações fundamentais de qualquer sociedade humana são as relações de produção
Modos de produção – É a estrutura social agregada as diferentes ??? forças produtivas (Teoria da alienação) (Fetiches ideológicos)
Lutas de classes: A história do homem e a história da luta de classes para Marx e e evolução histórica ??? pelo antagonismo entre as classes sociais para ele os trabalhadores são econômicas explorados pelos patrões.
ALIENAÇÃO – O capitalismotornou o trabalhador alienado , isto é separou-se de seus meios de produção. Desse modo para poder sobreviver o trabalhador é obrigado a alugar sua força de trabalho a classe burguesa recebendo salário por esse aluguel.
MAIS VALIA – Suponha que o operário leve 2 horas para fabricar um par de sapato. Neste período produz o suficiente para pagar o seu trabalho. Porém ele permance mais tempo na fábrica produzindo mais de cem pares de sapatos e recebendo por apenas 1 . Esse excendente é que chamamos de mais valia.
DIALÉTICA – é o método utilizado por Marx. Se opõe a Metafísica . O idealismo. É um materialista . Podemos entender a dialética Marxista a opressão ???? das constradições peculiares da realidade.

Um discurso do período socialista a transcrição para o comunismo o Estado transforma-se progressivamente a função política desaparece- então o Estado desaparece como tal. Não degenera , mas funde-se com a sociedade ???? (pag. 90)

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